Diego Armando Maradona é considerado o segundo melhor jogador de futebol de todos os tempos, mas, para os argentinos, não há ninguém melhor que ele. Apelidado de "Deus" na Argentina, o camisa 10 foi um jogador espetacular, capaz de produzir jogadas geniais.
Infalível contra os zagueiros, foi na vida real que acabou sendo derrubado. As drogas acabaram com a carreira de Maradona, que luta até os dias de hoje contra o vício.
No entanto, a luta vem sendo vencida. Em 2005, fez uma operação que reduziu seu estômago. Visivelmente melhor (chegou a pesar mais de 100 kg ) passou a apresentar um programa de televisão na Argentina e desde então se tornou um exemplo para os mais jovens.
Maradona começou a carreira no Argentinos Juniors, em 1976, encantou os torcedores e se transferiu para o Boca Juniors, onde jogou em 1981. Ídolo maior da equipe de La Bombonera, "El Pibe de Oro" foi vendido para o Barcelona no ano seguinte. Na Espanha não foi tão bem, mesmo assim faturou uma Copa do Rei.
Mas foi no Napoli que Maradona mostrou do que era capaz. Transformou a modesta equipe do sul da Itália numa potência respeitada em todo continente europeu. Com os napolitanos faturou duas vezes o título nacional e uma vez a Copa da Uefa (1989). Em sete anos na equipe (1984 a 1991), Maradona fez 259 jogos e marcou 115 gols.
Pego no exame antidoping, abandonou o futebol italiano e passou por alguns clubes (Sevilla, Newel's Old Boys e Boca Juniors novamente), antes de encerrar a carreira.
A trajetória do meia na seleção também foi sensacional. Maradona estreou com a camisa argentina em 1977, em um amistoso contra a Hungria: vitória por 5 a 2. Esteve perto de ser convocado para a Copa de 78, mas foi preterido pelo treinador César Luís Menotti. Em 82 fazia uma ótima Copa, até ser expulso no jogo contra o Brasil, pela segunda fase, e ver eliminada sua seleção.
Já a Copa do Mundo de 1986, no México, foi a redenção do craque. Maradona levou a Argentina ao título mundial com atuações memoráveis e um jogo que entrou para a história. Contra a Inglaterra, pelas quartas-de-final, o meia marcou um dos mais belos gols da Copa, ao dominar a bola no meio-campo e driblar seis jogadores ingleses, contando o goleiro, antes de tocar para o fundo do gol. Antes, marcara o famoso gol com a mão, chamado mais tarde, por ele mesmo, de "La mano de Dios".
Em 1990 conduziu novamente sua seleção à final, contra o mesmo rival de quatro anos antes, a Alemanha. Mas a história dessa vez foi diferente e os alemães levaram o título.
Já em 1994, na segunda partida da Copa, vitória contra a Nigéria por 2 a 1, Maradona foi pego no exame antidoping novamente e encerrou tristemente sua história em Copas do Mundo.
No total, Maradona disputou 91 partidas e marcou 34 gols pela seleção argentina.
Redação Terra
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